Adegueiro

quinta-feira, agosto 17, 2006

Emoções Lusomundo

Nota prévia: este post tem uma semana de atraso, consequência do mais, ou menos, atribulado período de férias.

Faz precisamente uma semana que fui ver o tão aguardado regresso do Superman, muito bem acompanhado pela minha cara metade. O filme não desilude. Não se destaca muito dos últimos filmes do género, mas está muito bem conseguido prendendo a atenção do espectador desde o primeiro minuto até ao seu final (algo surpreendente para mim). As cenas de acção estão carregadas de efeitos visuais e sonoros que nos fazem prender à cadeira (pelo menos na primeira parte do filme, mas já lá vamos).

“Emoções Lusomundo, confortáveis cadeiras e equipamentos de última geração” é o que se diz por aí, e de facto conseguem despertar muitas emoções, nomeadamente a vontade de sair da sala e pedir o dinheiro de volta! Passo a explicar: decorria a primeira parte já eu me queixava do ruído que provinha do altifalante central (responsável por 90% de toda a pista sonora de um filme), mas nada me fazia prever que a segunda parte fosse transmitida no velhinho estéreo. Findo o filme, cabe-me fazer a respectiva reclamação (sim, pelos vistos fui a única pessoa na sala que deu pelo sucedido). Não sabendo muito bem a quem me dirigir, interpelo uma senhora na bilheteira. Cedo percebi que estava a falar com a pessoa errada, com respostas do tipo “pois na segunda parte o som passou para 4.7” (4.7?), pelo que após algumas peripécias lá veio a gerente. Explico-lhe a situação e diz-me que uma equipa de semana a semana vem testar e configurar o som (o que andam eles a fazer?) e a minha reclamação lhes iria ser comunicada. Antes do formal pedido de desculpas, tive oportunidade de fazer referencia ao saudoso cinema S. Mateus (em Viseu), altura em que a gerente nada pôde fazer senão reconhecer a excelente qualidade de som do mesmo, que não está ao alcance de muitos, nem pelos vistos dos cinemas Lusomundo.

Com o preço dos bilhetes a 5€, qualidade de som e imagem que pode ser facilmente ultrapassada dando uso a vulgares sistemas de cinema em casa, não é muito árduo compreender o porquê de muitas salas vazias…

sábado, agosto 05, 2006

Até quando?!


A ofensiva israelita sobre o Líbano, e sobre a Palestina, não termina, nem parece estar perto do seu fim.
Dia após dia as imagens de destruição e de morte surgem em catadupa, sem que a comunidade internacional mostre sinais de querer pôr um fim a tal cenário. Os EUA, já foram a terreiro, pela pessoa de Condoleza Rice, mostrar hipocritamente que estão preocupados com a actual situação, quando no fundo, como todos nós sabemos, para além do óbvio apoio militar dos EUA aos israelitas, também é evidente que Israel está a fazer aquilo que os EUA gostariam de fazer, mas que por enquanto não lhes convinha.
Mas, por convicção, com quase toda a certeza, os EUA esperam que a Síria ataque Israel para terem "legitimidade" de desferir o seu ataque contra este país, e para estarem a um passo do Irão.
Depois do que se tem visto, interrogo-me sobre quem é que afinal faz parte do "pseudo eixo do mal". Isto porque, a pretexto do rapto de dois soldados, Israel destrói por completo todo um país, mata centenas de civis inocentes, obriga que todos os estrangeiros que aí se encontravam estabelecidos, tenham de regressar aos seus países de origem. Depois, no meio de tamanha hipocrisia, os israelitas ainda ficam chocados com os ataques indiscriminados do Hezbolah com os seus mísseis Katyusha.
Mas é demais por evidente, que este ataque dos israelitas nada mais é do que um tiro no próprio pé. Se na Palestina, e após tudo o que aí têm feito, o grupo terrorista Hamas atingiu o poder, que ninguém fique surpreendido, se nas próximas eleições no Líbano, igualmente o Hezbolah chegue ao poder. Não é difícil perceber o porquê, pois para as populações desses países, os únicos que os tentam proteger e que tentam fazer frente aos israelitas são exactamente estas organizações, temos como exemplo agora o Hezbolah que é o único a tentar defender o seu território, e ainda a atacar o próprio território inimigo.
Posto isto, julgo que violência gera violência, ódio gera ódio, e infelizmente, aquela zona do planeta continuará alicerçada na violência e no terror.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Resi4

Como fã de Resident Evil, foi com grande entusiasmo que recebi a minha cópia do quarto episódio da série, em troca de apenas 20€. Passados apenas 8 meses do seu lançamento, o jogo passa de 65€ para 20€, o que representa um desconto de 70%. Tal facto leva-me a julgar de acertada a minha decisão de não comprar o jogo por ocasião do seu lançamento, esperando que mais promoções destas se façam, principalmente para “nós”, possuidores de consolas “singelas”...

Passando ao jogo propriamente dito, Resident Evil 4 distancia-se dos jogos anteriores. Agora não há zombies para ninguém. Aquando da nossa chegada a uma estranha vila somos apresentados inesperadamente a um conjunto de “pessoas” que tudo nos querem fazer menos “bem”. Com o avançar da intriga apercebemo-nos que o horror cientifico dos anteriores Resi´s é substituído pela temática religiosa fanática, onde a comunidade acompanha cegamente um tal Priest para tudo o que é oculto e misterioso. Teremos também a oportunidade de encontrar velhos conhecidos, mas não me vou alongar muito nesta matéria para não dissipar o factor surpresa.

Controlando Leon Kennedy, personagem de Resi 2, que agora é agente federal, temos como missão salvar a filha de um tal presidente dos EUA, dando uso a novas armas e “gadgets” que poderemos encontrar no vasto mundo criado para este jogo. Tão vasto que se dizia impossível a conversão de um jogo criado para a Gamecube para a sua congénere Playstation 2. No entanto a conversão é quase perfeita definindo Resi 4 como um dos melhores jogos que já passou pela PS2. A fluidez de movimentos é impressionante (o jogo tem como opção a taxa de 60Hz), as texturas são fantásticas e os efeitos especiais excelentes.

Resi 4 marca uma nova etapa na série Resident Evil, sendo o melhor alguma vez feito. As 20h necessárias para terminar o jogo criado por Mikami e companhia, são puro entretenimento.

Resident Evil 4 – 10/10