Adegueiro

segunda-feira, outubro 23, 2006

A cor de pele ainda conta?


Ao que consta, o senador do Illinois (norte), de seu nome Barack Obama, encontra-se na primeira linha para poder a vir a ser o próximo candidato do Partido Democrata a presidente dos Estados Unidos da América.
Até aqui, o único aspecto que poderia de certo modo ser notícia, é o facto de alguém de um Estado Norte-Americano pouco influente surgisse como um dos candidatos principais do Partido Democrata a futuro presidente da Grande Potência.
No entanto, estranho eu, que o facto que tem potenciado tanto alarido à volta deste sujeito, é o simples facto de que Barack Obama é negro. Muito sinceramente, considero ridículo que este aspecto se torne o tema central e determinante, ao invés de se procurar aprofundar a sua carreira, quais as posições que ao longo do tempo tem assumido sobre diversos temas, entre tantos outros aspectos. Estes sim, deveriam ser tidos em conta na altura do seu Partido decidir sobre qual o melhor candidato a apresentar nas futuras eleições presidenciais Norte-Americanas, pois na realidade, serão estes os aspectos que futuramente irão ser alvo de avaliação por parte dos eleitores Norte-Americanos (ou pelo menos deveriam ser).
Considero uma autêntica aberração, que nos tempos que correm, vulgarmente designados de modernos, avaliar-se e decidir-se sobre alguém, tendo como base não a sua competência, mas sim, a sua cor de pele.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Estado Social? Qual Estado Social?


Leio isto aqui, «Trabalhar até morrer, isto assim não pode ser» é a frase gritada a plenos pulmões por 80 mil pessoas que aderiram ao protesto geral convocado pela CGTP-IN, e a ideia que de imediato me assalta, é que é óbvio que a população em geral ainda não conseguiu interiorizar e compreender de que o Estado Social é algo que há muito está falido.
O SuperEstado, aquele que tudo apoia e suporta, é algo impossível de se mantido e sustentado. Durante largos governos, no nosso Portugal, talvez por medo de quem liderava, foi-se alimentando a ideia de que o Estado Social ainda era algo viável, mas como é óbvio, havia de surgir uma altura em que ter-se-iam de dar os primeiros passos rumo a uma inversão desta concepção.
Com algum arrojo, verdade seja dito, este governo socialista adoptou uma faceta reformista, tendo tocado em aspectos cruciais para a sustentabilidade do País, mas colocando obviamente em causa o tão famigerado Estado Social. Assim, e como medidas mais sonantes e obviamente impopulares surgem o alargamento da idade da reforma, o aumento das taxas moderadoras na saúde, a obrigatoriedade do pagamento de uma taxa quando alguém está internado ou é alvo de uma cirurgia, a diminuição na comparticipação aos utentes do sistema ADSE, o tempo e o valor do subsidio de desemprego ser proporcional aos anos de desconto, entre outras tantas medidas que entretanto foram tomadas.
Está claro, que não haverá ninguém que goste destas medidas, pois mexem com o bolso de todos nós, mas se entretanto nada fosse feito o futuro do nosso País de risonho teria muito pouco.