Adegueiro

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

KO?

Desde que surgiram os dois formatos de alta definição, que se irão sobrepor ao nosso conhecido DVD, muito se especulou. HD DVD ou Blu Ray? Era essa a questão que especialistas tentam/tentavam responder recorrendo a todas e mais algumas explicações, algumas delas bem mirabolantes.

Não vou aqui explanar pormenores técnicos de uma ou outra plataforma, nem comparar directamente as características de ambas, simplesmente porque estes dados nesta altura pouco interessam. O que interessa saber? Dado que os consórcios (liderado pela Sony no caso Blu Ray e Toshiba no HD DVD) não se conseguiram entender para a unificação num único formato será o mercado a decidir a adopção de um formato. E chegamos ao cerne da questão: quando muitos apregoavam o mesmo destino do Betamax ao Blu Ray, atribuindo o falhanço à Sony, esta decide incluir um leitor de Blu Ray na Playstation 3. A partir daqui foi óbvio para mim que muito dificilmente o HD DVD se conseguirá impor, nem mesmo com a ajuda da Microsoft, e os números estão aí: por cada HD DVD vendido, vendem-se 2 Blu Ray, numa razão de vendas de 2 para 1.

Com previsões de 6 milhões de consolas vendidas até ao final do ano fiscal, quem adquirir uma Playstation 3 está, aparte de ser uma excelente máquina de jogos, a comprar um leitor de alta definição, pelo que não vejo esses consumidores a gastarem mais para terem um leitor dedicado de HD DVD.

O melhor disto tudo é podermos tirar partido dos plasmas e lcds de nossas casas, a quem a emissão de TVcabo´s e afins não tem feito jus à sua qualidade.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Pepetela - "Predadores"


Através de uma história simples, girando essencialmente em redor da personagem de Vladimiro Caposso, Pepetela traça um retrato de Angola desde o fim da Guerra Colonial.
Assim, ao longo das páginas, o autor vai mostrando aos leitores o novo-riquismo que surgiu naquele país. A trama tem início no ano de 1992, por altura das eleições e socorrendo-se de avanços e recuos, evolui até 2004. O ambiente político, os negócios que servem a ascensão de novas fortunas (acautelados pela "sombra" do poder) e as implicações de todo esse quadro na evolução do próprio país.
Deste modo, mediante uma linguagem simples e directa, a história vai-se desenrolando, agarrando os leitores até às páginas finais.
Apesar de não ser uma obra-prima, é claramente uma obra aconselhável para ser lida.

7/10