Adegueiro

sábado, janeiro 28, 2006

Repercussões das eleições na Palestina

Este "post" já era para ter sido criado após se saber que o Hamas havia ganho as eleições palestinianas, no entanto fiquei na expectativa para tentar perceber quais as repercussões imediatas deste resultado eleitoral.
Assim, em primeiro lugar convém referir que o Hamas ganha em detrimento do partido que Yasser Arafat fundou, e que foi durante todo este período o partido que sempre governou a Palestina, entenda-se Fatah.
Hamas, partido radical e fundamentalista, apoiante indefectível e responsável por muitos ataques bombistas, sobe assim ao poder e com maioria absoluta.
As primeiras reacções de todo o lado foram de precaução, no entanto com o "assentar da poeira", começa-se a vislumbrar um cenário ainda mais negro para toda a problemática associada aquela região.
A Palestina aparenta começar a cair numa guerra civil, onde as posições se estão a extremar, sendo que os apoiantes da Fatah não parecem querer aceitar a derrota e entregar o poder ao Hamas.
Por sua vez, Israel, mediante a voz da sua ministra dos negócios estrangeiros, já informou que não se encontra disponível para negociar com os terroristas do Hamas, deixando assim, um processo de paz, que apesar de muito complicado e complexo, e que após a morte de Yasser Arafat parecia ter-se reatado, com estes resultados eleitorais todo o caminho já percorrido para ter sido em vão.
Os E.U.A., pela voz do seu presidente, já veio a terreiro dizer, apesar de modo não muito directo, que não se encontra disponível para continuar a financiar a Autoridade Palestiniana, pois o Hamas encontra-se referenciado pelos E.U.A. como terroristas, e como alvos a eliminar.
Deste modo, aquela região continuará a viver sob uma tensão constante, e se até aqui o futuro não era muito risonho, a partir de agora os pontos de interrogação aumentaram exponencialmente.

2 Comentários:

  • É interessante como a iminência dos grandes conflitos é de tal maneira óbvia. Infelizmente a desgraça que se aproxima é de tal maneira irreveresível que só nos resta observar enquanto ela se desenrola aos nossos olhos. Guerras mundiais já começaram por muito menos. Um dinamite com um rastilho curto não demora muito a explodir...

    Por Anonymous Anónimo, Às 9:46 da manhã  

  • Concordo com o nosso amigo Falcon.
    Se formos a ver naquela região do globo multiplicam-se os movimentos radicais, que mais tarde ou mais cedo chegam ao poder. Veja-se o caso do Irão onde o fundamentalismo islâmico tomou conta do país.
    Relativamente ao caso muito particular da Faixa de Gaza, não sei até que ponto o Hamas não terá que ceder nas suas posições extremistas. A União Europeia financia com muitos milhões um pseudo-desenvolvimento da palestina. Milhões esses que foram desviados, pelo governo de Yasser Arafat, não se sabe muito bem para onde. Quanto a mim a “iminência dos grandes conflitos” assenta no fundamentalismo islâmico.

    Por Blogger MGuerra, Às 1:29 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]



<< Página inicial