Adegueiro

sexta-feira, maio 23, 2008

In the Valley of Elah


O filme "In the Valley of Elah", baseado em factos verídicos, conta a história de um veterano de guerra (Tommy Lee Jones), a sua mulher (Susan Sarandon) e a busca que ambos desencadeam pela procura do seu filho, um soldado, que havia regressado do Iraque à 4 dias, mas que desaparece misteriosamente, e da detective da polícia (Charlize Theron) que participa activamente nesta investigação.
Para além da história da procura pelo soldado desaparecido, este filme pretende mostrar as devastações psíquicas e sociais que advém da presença em cenário de guerra, a formatação que os soldados são sujeitos, e a forma impiedosa como tudo aquilo que viveram, neste caso no Iraque, os marcará de forma absoluta e indelével.
Ao ver-se "In the Valley of Elah" é impossível até ao ser mais insensível ficar indiferente àquilo que nos é apresentado. Depois de longos meses a combaterem e a viverem sob uma tensão e um stresse constante, onde vêem e fazem coisas que jamais imaginariam, estes mesmos soldados passam para uma realidade totalmente oposta. No entanto, é uma realidade na qual eles têm extrema dificuldade em conseguirem voltar a integrar-se, e onde se sentem totalmente deslocados e ausentes, ou seja, é como estar sozinho apesar de ter um mar de gente à sua volta.
À parte de tudo isto, assiste-se a um grande desempenho de Tommy Lee Jones, muito parecido com aquele que ele teve em "No country for old men". Mas destaco acima de tudo, a simbiose perfeita entre esta personagem e o ritmo que foi imprimido ao filme.
Aconselho!

7/10

1 Comentários:

  • Ao ler o seu texto, lembrei-me do filme "Tropa de Elite", um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos e que retrata tão bem a dificuldade em conciliar esses planos tão diferentes: por um lado, o absurdo da guerra e por outro lado, a vida quotidiana e alegadamente "normal". É certo que quem sente na pele os efeitos devastadores da guerra, jamais poderá levar uma existência dita convencional. Os pesadelos de guerra atormentam para sempre os seus protagonistas...

    Um abraço,
    Ana Cota

    Por Blogger Maria Cota, Às 9:59 da tarde  

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